JUSTIFICATIVA
A defesa de Dilma, aos parlamentares, contra o impeachment, vai alegar que a presidente não cometeu crimes de responsabilidade fiscal. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo vai defender que as estratégias orçamentárias adotadas pelo Planalto garantiram a continuidade de programas sociais como Bolsa Família.
CORPO A CORPO
O ex-presidente Lula tem feito corpo a corpo com os parlamentares do chamado ‘baixo clero’. O objetivo é obter votos contrários ao impeachment. A prioridade são os deputados e governadores do Norte e Nordeste do país.
ENQUANTO ISSO
Apesar da crise e com a previsão de um rombo de R$ 100 bi este ano, nas contas públicas, o governo retarda a recuperação fiscal do país. Além de solicitar um aumento na meta para R$ 120 bi de prejuízo nas contas, houve implantação de medidas de crédito, entre elas a redução da taxa de juros em operações do BNDES. Também já está prometido R$ 1,95 bi aos estados, em compensação pela Lei Kandir.
ENGAVETADO
As propostas impopulares que ajudariam na recuperação fiscal do país, como reforma da Previdência e a trabalhista, foram anunciadas pelo ministro Nelson Barbosa, mas já são tidas como engavetadas. Analistas consideram as ações semelhantes às ‘bondades’ econômicas adotadas pelo ex-ministro Guido Mantega, em 2014, ano da reeleição de Dilma.
EMPRESAS ENDIVIDADAS
Levantamento do ValorData aponta que as empresas brasileiras de capital aberto já registram um aumento de 24% nas suas dívidas financeiras líquidas. O lucro das empresas com negociação na Bolsa encolheu 29%. Os setores que apresentaram maiores resultados negativos foram a siderurgia, construção imobiliária e atividades ligadas ao consumo, como alimentos e eletrodomésticos. Na avaliação, foram excluídas a Vale e a Petrobras.
POST SCRIPTUM
Em resposta a editorial da Folha de S. Paulo, que pedia renúncia coletiva de Dilma e Temer, a presidente disse que “jamais renunciará”. O editorial sustenta que Dilma não tem mais governabilidade mas não defende o impeachment da presidente.